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" Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..."
Clarice Lispector

Manú
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Sou caminho|
De curvas generosas|
Estradas livres|
Sinuosas|
Pêlos Claros|
Desenhos Coloridos...|
Sou cor vibrante|
Vermelho nos lábios|
Mamilos rosados|
Marron nos Olhos|
Na pele dourado...

Sou impulso|
Sou emoção|
Sou poesia|
Sou arte|
Sou música|
Sou paixão|
Sou vida|
PULSAÇÃO

Manu Albuquerque

Álbum de fotos

Créditos
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VIVA A POESIA!
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quarta-feira, março 14, 2007

Parabéns!!! Aos que levam a vida com lirismo, fazendo arte da beleza, alegrias, tristezas, questões sociais ou sensuais...


Hoje se comemora o dia nacional da Poesia e, aproveitando, já que estou poética mesmo ultimamente, vou deixar aqui alguns versinhos que me acompanham...

Vamos começar por um dos meus singelos ajuntamentos de palavras. Este, inspirado no meu Muso mor inspirador, escrito em 1997, quando ainda éramos namoradinhos:

"Se teu olhar no infinito
Me pudesse revelar
O que esse teu sorriso
Insiste em ocultar
Daria vinte pulinhos
Correria até o mar
De tanta felicidade
Iria me extasiar

Se teu olhar de granito
Cedesse só um pouquinho
Que me abrisse uma porta
Me pusesse em seu caminho
Eu pisaria nas núvens
Beberia muito vinho
Suplicaria que o tempo
Passasse devagarzinho..."

Manú Albuquerque

Agora, partindo pra Versos de verdade, um da Diva portuguesa das letras , Florbela Espanca, de Charneca em Flor:

Charneca em flor

Enche o meu peito, num encanto mago,
O frémito das coisas dolorosas...
Sob as urzes queimadas nascem rosas...
Nos meus olhos as lágrimas apago...

Anseio! Asas abertas! O que trago
Em mim?Eu oiço bocas silenciosas
Murmurar-me as palavras misteriosas
Que perturbam meu ser como um afago!

E, nesta febre ansiosa que me invade,
Dispo a minha mortalha, o meu burel,
E já não sou, Amor, Soror Saudade...

Olhos a arder em êxtases de amor,
Boca a saber a sol, a fruto, a mel:
Sou a charneca rude a abrir em flor!

Florbela Espanca_Charneca em flor


Esta, da maravilhosa Cecília Meireles, foi a primeira poesia que lí na vida e portanto, muito especial para mim:

Colar de Carolina

Com seu colar de coral,
Carolina
corre por entre as colunas
da colina.

O colar de Carolina
colore o colo de cal,
torna corada a menina.

E o sol, vendo aquela cor

do colar de Carolina,
põe coroas de coral

nas colunas da colina.


Cecília Meireles

E da Poética moderna e musicada da maravilhosa Adriana Calcanhoto:

Vambora

Entre por essa porta agora
E diga que me adora
Você tem meia hora
Pra mudar a minha vida
Vem, v'ambora
Que o que você demora
É o que o tempo leva
Ainda tem o seu perfume pela casa
Ainda tem você na sala
Porque meu coração dispara
Quando tem o seu cheiro
Dentro de um livro
Dentro da noite veloz
Ainda tem o seu perfume pela casa
Ainda tem você na sala
Porque meu coração dispara
Quando tem o seu cheiro
Dentro de um livro
Na cinza das horas...

Adriana Calcanhoto


Entonces, é isso!! Vivam com poesia!!!



postado por: Manú às 8:00 AM

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