Entre os dias 01 e 07 de agosto estará sendo comemorada a Semana Mundial da Amamentação e como eu sempre tive vontade mas nunca escreví sobre isso mas sempre tive vontade aqui vai:


Durante a gravidez me preparei muito, tanto pra o parto natural como para a amamentação. Fiz curso para gestantes, assistí palestras, lí vários livros e esperei ansiosamente pelo tão esperado momento. Infelizmente, não tive o parto normal como gostaria mas, tudo correu bem e felizmente, pude nas primeiras horas já amamentar meu filho e digo com toda certeza, que foi um dos maiores prazeres da minha vida.

Tive muito leite no primeiro mês e ví meu filho crescer e se desenvolver muito rapidamente. Chegava a tirar e congelar diariamente 300 ml de leite, fora as mamadas que eram ofertadas conforme a vontade do "freguês".

Mas, como tudo que é bom dura pouco, no fim do primeiro mês comecei a apresentar sintomas de depressão pós-parto. Muita gente em casa, muitas opiniões, muita interferência da família e muita insegurança minha, aliadas à grande descarga hormonal foram me fazendo entristecer e me cobrar além das minhas possibilidades. Otto nasceu pequeno e tinha um pequeno déficit de peso que, hoje eu sei que era absolutamente normal. Como não engordava o que a então pediatra afirmava ser o "ganho de peso ideal" comecei a me cobrar ainda mais. E esse estresse, esse desequilíbrio emocional, acabou comprometendo a produção de leite.

Embora eu oferecesse o peito várias vezes ao dia, o pequeno começou a reclamar pois a quantidade de leite foi diminuindo e já não estava sendo suficiente. Insistí e quase enlouquecí. Fiquei num fogo cruzado, de um lado algumas pessoas dizendo que eu tinha que iniciar o aleitamento complementar artificial e de outro, outras dizendo que eu tinha que insistir no peito se não ele rejeitaria de vez. Isso quase acabou comigo. Não fosse o apoio do meu marido e o acompanhamento psicológico, teria pirado mesmo.

Aos três meses, fizemos um teste. Assim que acordei pela manhã, que era o horário em que tinha mais leite desmamei todo o leite que tinha no peito e consegui 30 ml! Nesse momento ví que não dava mais pra ficar só nisso, pois o pequeno estava com o ganho de peso estagnado, embora continuasse crescendo. Na primeira mamadeira ele consumiu 180 ml de leite e eu ví que o "cordão umbilical", para mim, foi cortado alí, naquele momento. Continuei oferendo o peito mesmo que de "chupeta" mas dentro de dias o leite secou por completo.

Isso não quer dizer que o vínculo foi quebrado. De jeito nenhum e muito pelo contrário. Enquanto dava a mamadeira via os olhinhos dele fixamente nos meus, com a mesma alegria e doçura de sempre. O papai também pode participar mais ativamente e passou a "amamentar" dividindo comigo esses momentos.

Sofrí muito nos primeiros dias e ainda hoje, algumas pessoas me perguntam com olhar de crítica porque "desmamei" tão cedo. Nem sempre a gente pode escolher. E nem sempre é possível se fazer entender. Paciência...

Só sei que foi MA-RA-VI-LHO-SO enquanto durou. Aproveitei cada minuto, as vezes, 40 minutos/1 hora amamentando e nem sentia o tempo passar. Foi muito bom.
Sei que dei pra ele o melhor de mim, literalmente. Me ajudou muito a emagrecer. Era extremamente prático e sem dúvida nenhuma, muito saudável. Mesmo tendo amamentado só 3 meses vejo o quanto foi importante para nós.

Deixo finalizando uns versinhos escritos por Silvia Germano, madrinha de Otto, que cabe muito bem no tema deste Post:

Otto

Mora em você
Do seu corpo depende
Testemunha dos sentidos
Sorri seus sorrisos
Do seu calor se aquece
De sua fonte se serve
É você que a sustenta
Mas é ele que lhe acalenta.

Meninas, ainda estou na enquete do Desafio Princesas! Vamos ver se eu consigo os meus 7 dias de fama, kkkkkkkkkk.